A maneira mais simples de inventar um esporte novo é misturar dois esportes conhecidos. Assim nasceu, por exemplo, o futevôlei. É claro que se dois esportes são muito diferentes, sua combinação se torna quase impossível. A menos que se jogue um pouquinho de cada um, alternadamente.
Este é o princípio do boxe-xadrez. Os praticantes jogam quatro minutos de xadrez, descansam um, lutam três minutos de boxe, descansam um, jogam mais quatro minutos de xadrez e assim por diante, até totalizarem 11 assaltos (6 de tabuleiro e 5 no ringue).
Vence quem der um nocaute ou um xeque-mate. Se a partida terminar empatada, vence quem, segundo o juiz, marcou mais pontos sobre o ringue. Se a pontuação do ringue também for igual, ganha aquele que jogou com as pedras pretas.
Ainda que seja difícil de acreditar, este esporte tem praticantes e campeões. Há uma entidade que o controla, a World Chess Boxing Organization. Desde 2003, há torneios mundiais. O primeiro, realizado em Amsterdam, foi vencido por Iepe Rubinh. Outros jogadores de destaque são o jovem estudante de matemática russo, Nikolai Shakin, e o lendário búlgaro Thiomir “Titschko” Dovramadjiev.
Mas… Quem foi que inventou isso? A ideia original veio de uma história em quadrinhos do prestigiado desenhista e diretor de cinema Enki Bilal. Um artista alemão, IEPE, usou a ideia para uma performance artística. Logo, a prática de esporte passou ao que chamamos de “realidade”.
As regras de aceitação são bem rígidas. Os participantes devem ter entre 16 e 35 anos, treinamento físico e pelo menos 1800 pontos no ELO (o ranking mundial de xadrez). De acordo com WCBO, há 75 lutadores ativos no mundo e cerca de 800 aspirantes, inclusive mulheres. E espera-se muito mais, em particular da Rússia e da Ucrânia, onde há muitos praticantes em potencial.
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